CENTRAL (de Cíntia Thomé )
Vago pela contemporaneidade
Desde que nasci estou dentro dela
Entre demarcações, retas
Paralelas, oblíquas
Equações, soma dos raios
Quadrados quartos
Trilhos, fios elétricos
Noites neon
Modernidade que me encontro
No vácuo procuro humanamente
Um ponto central de amor
Ou uma referência tua
Sublinhar subjetiva (?)
Resgato minha memória
Entre vírgulas, demarco
Traço-te, te recordo meu
O espaço é de chuvas
Ferve no asfalto
Refletido meu corpo convexo
ensolarados passos
saltos coevos
Sem ver teu rosto concavo
Qualquer esboço conexo
Lado a lado
No vão
alegre da recordação
não ecoa tua chegada
nem a partida fria
só o silêncio das cidades
sem slogans e notícias
campo abstrato
Na roda do tempo, velocidade
Inimiga, perversa extrema
nas curvas falha o pensamento
dirijo sem destino
cintia thomeDireitos autorais registrados
Imagem de Cíntia Thomé.
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Adorei! Vou voltar pra ver vcs mais vezes.
e a solidão persiste sem destino
desde o centro, às pontas
refletidas no brilho negro do asfalto molhado