CORDA SOL BACH
Nada mais recorda
A corda em sol
Cânticos, o solfejar
Estático pardal
No fio do varal
Lençol a flutuar
Na fresca manhã
Ao vento cambaleante
Chorando... Chorando...
Porque a chuva vem
Cânticos orvalhados
Respingos na vidraça
E a traça caminha em compasso
Em sol de Bach
Pelas rotas páginas,
Carta em palavras dantes quentes
Alinhadas escritas, outrora
Traçadas de uma vida ardente
Dos desejos em lampejos,
Agora, mudos, silenciosos, mortos
Gotas de chuva
O pardal no meio fio
O lençol pesado em cinzas
Recordar já não posso.
A traça vive da carta lacrada
Do vazio de amor, do nada
Nada mais recorda
Ária na corda sol
E eu, ossos.cintia thome.
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É bom. São belos os lençóis a flutuar embora lembrem mortalhas ao som de Bach. A morte flutua no poema
Sim a mrte flutua...e muito...nessa época..era quase um fim, mas reergo sempre Diva.
Essa ária é magnífica mesmo.A ária na 4ª corda.
..e vc completou a arte com a arte !
eis o formato ideal !
e a vida segue por nossos Bach ( que significa rio, riacho, em alemão...)a flutuar pela superfídie as vezes com uns mergulhos...
bj
Cheirinho bom de chuva na terra e o barulinho dos pingos em sol - gostei disso.
Gostoso poema, Cintia.