O raio divide o azul
Que se acinzenta num repente
Plúmbeo firmamento úmido
Que se desfaz
Os tambores de Poseidon
Ecoam em prédios e nuvens
Labirinto luminoso que desce
Driblando as gotas
Éolo esvazia os pulmões
Levantando saias e telhas
Arremessa o pássaro em novo rumo
Nada mais voa
Despenca e corre em rios
A sujeira do ar
Pinga líquida e lava o solo
Encharcado e feliz
©Marcos Pontes
...não se faz um mexido , sem quebrar os ovos.
e eis o mistério da vida e da morte...
brincadeirinhas dos deuses !
Inspiradíssimo !
Vento, arremessa o pássaro em novo rumo! Levanta a sujeira do telhados, limpa o ar, lava o labirinto de todas as mágoas e cante maisi alto do que os gritos insensatos.