A Foice

Posted: terça-feira, 2 de junho de 2009

Na sombra paralela

Ela caminha soturna

Lépida, silenciosa

E corta pronto

 

Aguardada

Desejada e alívio;

Surpresa,

Dor é lágrimas.

Não seleciona,

Como enxurrada

Arrasta a todos

Cedo ou mais cedo

 

Tudo se resume ao segundo

Ao instante final

Onde cessa a dor e o riso

O suor e a saliva

O sonho e a vida

Tudo para, mesmo os olhos

Só os pelos persistem

O que foi nada deixa

 

O cubículo e as cinzas

O suspiro e a quietude

O choro e as rezas

O tempo e o sempre

A presença e o nada

O depois incerto

O talvez do talvez

2 comentários:

  1. Joe_Brazuca 3 de junho de 2009 às 18:02

    ...ando preferindo pensar no talvez do talvez como o depois (in)certo...
    O que mais me aborrece ( pra não admitir que apavora, mesmo...) é o estado do "não ser"...no nada...do inócuo...do anestésico...
    e da impossibilidade do retorno do inexorável...
    complexo tema...vc tocou nos pontos, mas, acho ( certeza, alias...) que podia desenvolver mais...
    Edgar A.Poe, adoraria continuar "ad eternum"...rs

  2. Priscila Lopes 5 de junho de 2009 às 11:30

    Gente, que blog interessante! Que ótima proposta!

    Vamos nos manter em contato. Entrem no Cinco Espinhos, e conheçam também a coletânea XXI POETAS DE HOJE EM DIA(NTE) - tem um blog só pra ele linkado lá.

    Abraço

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