Acaso

Posted: segunda-feira, 11 de maio de 2009
(gravura "Pavão misterioso" de Gilvan Samico)


Maria vinha de carro
Maria vinha de "a pé"
Maria vinha de barro
Maria vinha José

José tinha um sarro
José tinha sua fé
José tinha pigarro
José tinha rapé

Maria queria jarro
Maria queria café
Maria queria cigarro
Maria queria ter fé

José queria Maria
Maria queria José
José queria um dia
Maria queria, pois é


©joebrazuca-MMIX-sp/br

5 comentários:

  1. Maria Cintia Thome Teixeira Pinto 11 de maio de 2009 às 23:37

    José Maria pois é...

  2. Maria Cintia Thome Teixeira Pinto 11 de maio de 2009 às 23:40

    Aqui a Gravura de Samico se eternizará pois é...neste poema um pouco da vida de
    sumpaulo ou dos cafundós das caatingas mais que bonitas e seus mandacarus brotando lá pelas 10 horas da noitinha perto da soleira de uma casinha de sape, pois é...

  3. Neusa Doretto 11 de maio de 2009 às 23:49

    Ótimo!(... é assim mesmo!!!)

    bjs
    Neuzóca

  4. Poesia Aberta 12 de maio de 2009 às 15:51

    Errê, lasqueira! Trocinho bão com gostim de pitada na roça.
    Gosto de seu lado "jeca", faz até eu sentir saudade do meu que anda dormindo em alguma capoeira onírica.

  5. Beatriz 12 de maio de 2009 às 15:59

    Hey, Joe!
    Marias detestam "um dia".
    Maria, eu, prefiro o dia. Este. Agora. Sim ou não.

    Maria vinha José : pois é, deveria vir ela. José viria atrás.
    Não é acaso não. É o usual

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