Samblavino

Posted: quarta-feira, 6 de maio de 2009

Roda de Bamba, upload feito originalmente por Bieto.

Nota editorial:

Li os comentários do Joe. Resolvi incorporar no Samblavino. Tá aberta a obra pra sugestões. Se o samba virar tango, maxixe ou valsa, tá valendo! Desde que não saia da forma Blavino 1-2-3-1-3-2-1

 

*nota introdutória:

Faço parte do Estúdio e dei de cara com uma proposta genial dos colegas Volmar Camargo Junior e Juliana Blasina.

Eles inventaram um soneto assim constituído - número de estrofes: 7; numero de versos: 13, distribuídos a partir dessa sequência: 1-2-3-1-3-2-1; tamanho dos versos: o objetivo é que o poema comece e termine com uma palavra, e que vá "aumentando" até chegar ao verso-estrofe central. Batizaram lindamente sua cria: blavino. Bem Blasina e Volmar. Vi blavinos belíssimos lá no Estúdio. Colheita - Blavino-n. 1, Blavino Babel, Cat on rot tin roof, Iminente, Estrada. Todos em forma de flecha, que eles chamam de pirâmide.

Eu vi flecha: naquele momento era o que eu precisava; direção pra minha linguagem que se perdia. Se alguém quiser tentar, vale a pena, frequentar o estúdio e arriscar um blavino

Bum

Bumbum
Paticumdum é um

Prugurundum
, samba é tom
Pandeiro, reco-reco Tum coração, salto
É sim, surdo bate TU repinique no compasso

Mais um passo TUM e é
bum bumbum paticumdum

Tamborim,
 TU TEC Tum, violino bateria 
Vem no osso,  segura o plexo, é cuíca!
Arrasta o pé TEC TU e passa.

Cintura é ritmo, corta,
TEC volta, curto

Bum

 

1ª Versão

 

Bum
Bumbum
Paticumdum é um
Prugurundum, samba é tom
Pandeiro, reco-reco e coração, salto
É sim, surdo bate repinique no compasso
Mais um passo e é bum bumbum paticumdum
Tamborim, tectec tum, violino da bateria
Vem no osso, segura o plexo, é cuica
Arrasta o pé e passa. Bem curto!
Cintura é ritmo, corta e vai
Vem, volta, solta chuta
Bum

.

 

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9 comentários:

  1. Joe_Brazuca 6 de maio de 2009 às 11:19

    essa sua flexa-samba-som me acertou a mente e o coração

    tum tu tum tu tum tu...

  2. Marcos Pontes 6 de maio de 2009 às 19:35

    O samba-de-enredo-inspiração é clássico, o poema, musical, dinâmico e gingado, poedrá tornar-se uma referência entre os blavinos de Volmar.

  3. Anônimo 6 de maio de 2009 às 20:21

    o pai e a mãe do blavino é a poesia. Eu e a Juliana somos só seus padrinhos (porque o seguramos nos braços e o batizamos). Por essa e outras coisas, nos chamamos de compadre e comadre.

    (as outras coisas são os "fio", os meus e os dela, que ainda não nasceram...rsrs)

  4. Anônimo 6 de maio de 2009 às 20:22

    E Bea, nem preciso dizer, né?! Você abraçou o bebê do Estúdio com tanto carinho que nos deixa muito, muito felizes.

    "Quem a meus filhos beija, minha boca adoça", já dizia a minha vovó...

  5. Joe_Brazuca 6 de maio de 2009 às 23:00

    ...um melhor que o outro ou o outro melhor que um !?

    Tum Tu...Tum Tu...Tum Tu...

    musical !

  6. Poesia Aberta 6 de maio de 2009 às 23:44

    ________Bea,legal conhecer novos métodos da composição poética: 7 estrofes, 13 versos,assim distribuídos graficamente:

    1a..estrofe: 1 verso

    2a.estrofe: 2 versos
    3a.estrofe: 3 versos
    4a. estrofe 1 verso
    5a. estrofe 3 versos
    6a. estrofe 2 versos
    7a. estrofe 1 verso

    Agora, vou pesquisar "estruturas da estrofe",ok? Depois volto postar. E claro,seguindo o Café Frio.

    Quanto ao poema,já era poema independente do método blavino: você adaptou,não foi isso?

    Dividiu as estrofes, e tal.
    Sua intenção ao escrever foi de letrista ou de poeta?

    Eu,pessoalmente, prefiro o sua poesia breve,forte e contundente que vc escreve.

    Mas vamos avante: que venham os novos mares e suas novas ondas__________beijos

    Neuzóca

  7. byTONHO 7 de maio de 2009 às 12:34

    Gostei...
    Viva o "carnaval" de letrinhas
    flexando corações apaixonados
    pela

    p
    al
    vra
    é
    mui
    to
    !

    :)
    Beijos no coração!

  8. Neusa Doretto 7 de maio de 2009 às 17:53

    Bea, gostei mais da sua edição original,pela própria forma que você deu ao poema e pela distribuição única e coesa dos versos, sem estrofes que quebrem o rítmo, que você sabe:A estrofe dá uma " quebradinha". E seu estilo é sem interrupções. Perfeito o poema, assim como está. Não mexe mais. Gostei do cuidado com as sílabas no final de cada verso,conduzindo a leitura para um desenho. Bárbaro e intocável.!

    bjs
    Neusa Doretto

  9. Marcelo Novaes 10 de maio de 2009 às 15:38

    Bea,



    Soou mais como aquecimento de bateria de escola de samba do que partido alto ou samba de mesa de bar...




    Ouvi o surdo bem alto, e o "repinique" do toque dos tamborins...


    Muitos. Todos juntos. Depois da marcação dos surdos...



    Muito boa a construção.






    Beijos,





    Marcelo.

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