A vida que eu finjo é um circo.
E eu, palhaço de mim
dispo-me de todos os sorrisos
no calar do camarim.
No picadeiro da alma
eu domo as minhas feras
E o meu espírito despeja
todas as suas esperas.
Equilibrista de saltos
penso que existo:
Malabrista do acaso
Domadora de sobressaltos.
O trapézio me leva tão alto
para cima e além das vidas rasas.
E sem pesar eu me jogo no espaço
que fica entre o chão e minhas asas.
Olhos incríveis me habitam e seguram.
Mãos secretas me equilibram e curam.
E no momento do salto
Agarro me a mim mesma, enfim.
Cravo as unhas no meu sonho.
Reconheço o sorriso em mim.
Dispo-me da máscara.
Entrego-me ao real.
No picadeiro do meu ser
O espetáculo não tem final.
E eu, palhaço de mim
dispo-me de todos os sorrisos
no calar do camarim.
No picadeiro da alma
eu domo as minhas feras
E o meu espírito despeja
todas as suas esperas.
Equilibrista de saltos
penso que existo:
Malabrista do acaso
Domadora de sobressaltos.
O trapézio me leva tão alto
para cima e além das vidas rasas.
E sem pesar eu me jogo no espaço
que fica entre o chão e minhas asas.
Olhos incríveis me habitam e seguram.
Mãos secretas me equilibram e curam.
E no momento do salto
Agarro me a mim mesma, enfim.
Cravo as unhas no meu sonho.
Reconheço o sorriso em mim.
Dispo-me da máscara.
Entrego-me ao real.
No picadeiro do meu ser
O espetáculo não tem final.
*Texto registrado na Biblioteca Nacional.
Todos os direitos reservados ©
Imagem: Google
Todos os direitos reservados ©
Imagem: Google
entre o pêndulo e a rede, gela o sangue, congela o tempo...
camera lenta até o infinito
um gesto em asa
olhos semi-abertos
um calado grito...
"- respeitavel publicooo.....!!!!"
Entregue ao real?
Esse impossível de ser captado por
qualquer instrumento da realidade
ou da virtualidade – palavra ou
imagem?
Entre nós e o real, pra além da
máscara há uma pedra que nos
desvia. Onde não nos reconhecemos!
A ninguém é dado o direito à
certeza dessa percepção, a menos no
delírio e pra mim poesia e delírio
são diferentes.
Gostei da forma do versos que deram
corpo ao poema.
Figurou o clown. Só não entendi.
Poesia não se explica...mas há uma
lógica.
Me perdi
A vida é um circo? Quem é o mocinho sobre o picadeiro? Esse quero ser. Não sou o palhaço que se lamenta, ou o leão banguela, nem o repetitivo apresentador "respeitável público!". Sou o que resolve seus problemas, que sente sobre medida, que rima na certeza da exatidão, mesmo que a métrica seja capenga. Sou o que anima pelo prazer, mas não dispensa a féria da bilheteria, a vida não é romântica, é prática, e a prática é crua e estóica.
Tá, sou poeta e não sou Cabral, mas também não sou sofredor parnasiano.
Panis e circus de nós mesmo
Quanto de pão
e quanto de circo
há em cada um de nós?
Hã?
O espetáculo nunca tem fim aqi tambem minha querida, adorei este verso adorei.
O ser é o que é!
bjus.