Ama-me!
Mas ama-me direito
que eu mereço cada segundo
das tuas imperfeições.
Ama-me assim torto e imperfeito.
Ama-me constante, devassidão e leito.
Tudo que é meu te cai bem. Te cabe direitinho.
Eu mereço estar em ti. Percorrer teu caminho.
É na tua imensidão que eu me meço e meto.
Ama-me!
Ama-me de frente, inteiro, profundo, do avesso.
Que eu mereço cada centímetro do teu apreço.
Ah, meu amor! Eu te peço.
Ou eu te devoro.
Ou eu te esqueço.
Por Van Luchiari ©
Texto registrado na Biblioteca Nacional. ©
Gravura de Egon Schiele
Primor de pedido entrega.
Van, tua poesia entranhada na prosa, na fala, na forma como vc se comunica,neste momento, salta cristalina feito ave do paraíso.
Magnífico poema
Poesia direta, liberta
Franca, aberta, Assim gosto.
Excelente poética livre.
Gosto : poema leve,gracioso. Pueril,até.
Discordo da Neusa quando diz que é pueril. Vejo uma malícia inteligente, além da sensualidade óbvia. "Mereço cada centímetro do teu apreço" é de duplo sentido inteligente e malicioso. Muito bom.
Taí? Realmente....
"Pueril" era a última definição que eu poderia esperar de qualquer um dos meus escritos.
No mínimo inusitado... Curiosa leitura.
Beijucas pueris pra todos.
Vejo que o espaço se abriu para a conversa sobre poesia. E que aqui não teremos um quarto de espelhos.
Legal ver opiniões de pessoas inteligentes aconteçam porque só aprimora o poeta e a leitura.
E a gente apostou nisso!
Interessante o termo pueril porque o poema é muito erótico, o que não exclui o pueril mas não o obriga também.
O poema me impressionou pela forma da escrita, cheia de graça e humor.
A largada foi dada. Sinto que o Poesia Aberta começou pra valer.
Apostem suas fichas. O jogo começou.
Van, você sabe que eu adoro este poema e o quanto aprecio a sua escrita, os meus parabéns mais uma vez. beijocas