(Flesh)back

Posted: segunda-feira, 4 de maio de 2009

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Skin flesh, por Redredday

 

Arranco da morte
Vida  rubra  lembrança,
Sangro a palavra,
Disparo prazer perdido,
Volto em código,
Cifro olhares
Armados na crista do sorriso

Cresço
O dedo em riste no gatilho,
Disparo deleite antigo
- Bela da tarde -, vivo
Deformando o percebido


Só pra valer, escrevo
Reclamações ridículas
Aniquilo anedotas,
Desvaneço certezas,
Engulo o passado em pílulas
Limpas, loucas

Arrepio no cerne do incerto,esqueço
Notícias, uma por uma,
Deslizam nas vidraças
Nos espelhos
Lembro, derreto e passo

Sobrevivo
Na gaveta  da infância,
Adormeço abraçada no ontem
E o corte presente 
Em carne marcada,
Sedada na sala de estar,
Agrava o acento de um desejo

 Santana - Samba pa Ti

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2 comentários:

  1. Marcos Pontes 4 de maio de 2009 às 20:31

    A poetisa é contraditória como qualquer um, faz sorrir e estraga a piada; atrai e repulsa; encanta e se esconde por trás das letras. Gosto por demais desse poema.

  2. Joe_Brazuca 6 de maio de 2009 às 01:32

    sério !...Freud explica ( e pergunta...)
    me fez lembrar do(s) Bergman, os dois (Ingmar e Ingrid):
    O diretor e a atriz (em "Cenas de uma casamento" e Casa Blanca, respectivamente...)
    (apesar do "Bela da tarde", remeter-nos a Buñuel e a lindíssima, pra la de, Catherine...)

    Contundente e labirintico, "comme il faut"...

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