Plano sem fundo
Seco
Branco ou preto
Sempre aterro deste poema
Eu
Pleno de vazios em frente
Muro impassível do mesmo
Balbucio pessoal,
Gaguejo e tropeço
Na própria língua
- Planície arrasada -
Pelo visgo de sílabas mortas
Sobre papilas ávidas por palavras
Grávidas de palavras
Desisto, diz meu isso.
Imagem: lettera ad un'amica, por Ruby
;
-
;-
sua poesia é cena, sempre...
não há como negar o pictórico.
Por vezes, Dalí, outras Chagall,Portinari,com passeios exuberantes sobre Bergman e Pazolini...
é por isso que sempre afirmo : os cineastas para serem tanto, deveriam sempre ler poesias...
Bea,
Planície arrasada pelo visgo de sílabas mortas...
(Buraco na linguagem).
Belo poema! Siga em frente!
:)
Beijos,
Marcelo.
Tua fonte não vai secar porque tu renovas temática e forma sempre. Isso é sinal de longevidade.
Mudando de papo, interessante a mudança do Joe de "imagens", negocinho que já enchendo o saco quando se fala de poesia, para "pictórico". É, sem persistir vai encher o saco também, mas enquanto é nove, interessante.
A renovação não sei se é boa. Parece-me uma busca, uma indeterminação de aprendiz. Que seja., então, desde que não me esterilize. Em relação à imagem a crítica cabe se ela for vazia. O sentido da imagem é ela mesma qdo não posso dizer de outro modo. Se não é prosa - onde há muitas maneiras de dizer - e é poema, Marcos, só resta esse recurso alucinado contra o que não tem palavra nem sentido. Aquém da imagem resta a narrativa, a explicação. . Ou não?