Letras

Posted: quinta-feira, 28 de maio de 2009

Por navalha de grafite

A página lanhada

Se enfeita de signos

Nasce na brancura

Emaranhado de traços sonoros

Flui o tráfego de linhas

Em esquinas sequenciais

letras paridas do negro

Ruas e esquinas da língua

Entrelaçadas em sons

No silêncio do papel

O lápis grita

Ecoa em si mesmo

Vomita

Prosa, poesia ou bula

Gráficos lineares

Curvas e segmentos retos

Formam o nome de tudo

E do vazio

Escrevem

©Marcos Pontes

4 comentários:

  1. João Rafael 29 de maio de 2009 às 09:48

    Bom dia
    Sua poesia tem o tom do poeta que sabe como ecoa sua poesia!
    Harmoniosamente fantástico.
    Voltarei sempre!
    Abraços

  2. Joe_Brazuca 29 de maio de 2009 às 17:03

    Muito bom, esse Marcos !...mesmo, de verdade !...adorei...
    acredite, outro dia estava a pensar sobre esses fantásticos grafismos, os tipos, letras...
    arabescos que nada são na verdade, até que formam sons e significado...

    muito legal !
    abraço

  3. Rodrigues Bomfim 1 de junho de 2009 às 08:31

    Amigo Marcos,
    obrigado pela presença e comentário em meu blog..apareça mais, ok?
    Muito bom teus escritos, ricos e inteligentes...nota 10!

    Abração e ótima semana.

  4. Marcelo Novaes 4 de junho de 2009 às 18:08

    Marcos,



    Muito bom esse poema a duas vozes: solo e coro.


    ;)




    Abração,






    Marcelo.

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